Como funciona o atendimento psicológico pelo SUS

Entenda os procedimentos para marcar consulta com psicologo SUS

Dentre as especialidades médicas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) está a Psicologia. Infelizmente, poucos pacientes sabem que podem contar com esse tipo de consulta gratuita: para alguns, os tratamentos de distúrbios mentais não são uma prioridade da rede pública.

Entretanto, a obrigação do SUS é proporcionar saúde completa à população e isso inclui tratar distúrbios de ansiedade, depressão, traumas e muito mais.

Em qualquer região do Brasil, vale a pena saber como funciona o atendimento psicológico pelas instituições públicas.


Como funciona o atendimento integrado do SUS

O Sistema Único de Saúde compreende hospitais e unidades de atendimentos diversas no âmbito municipal, estadual e federal.

Além das instalações públicas, é muito comum que os governos façam parcerias com faculdades públicas que têm o curso de Psicologia: dessa forma, seus alunos no final do curso podem atender à população necessitada.

As chamadas clínicas conveniadas também são uma ferramenta importante do SUS para fornecer atendimento psicológico.

Essas são clínicas particulares que fazem contrato com a rede pública, lembrando que elas podem ser descredenciadas a qualquer momento e os pacientes reencaminhados para outros lugares.

Como funciona o atendimento psicológico pelo SUS


Como conseguir atendimento de psicólogo pelo SUS

Há diferentes meios de um cidadão conseguir atendimento psicológico público. Se a pessoa foi vítima de violência doméstica, de um acidente ou coisas semelhantes, pode se informar no Centro de referência em Assistência Social (CRAS).

Além de o local dar encaminhamento, é comum que as suas unidades tenham psicólogos dentre os funcionários.

Se a mulher passou por violência com o seu cônjuge, pode buscar algum centro de atendimento especializado: além do acolhimento jurídico e até médico, esses lugares têm acompanhamento psicológico para as vítimas.

Já para a população que não passou pelas situações acima, mas que tem distúrbios psicológicos, o melhor é procurar o posto de saúde mais próximo.

Muitos dos pacientes têm depressão, havendo um número alto também de quem sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou de transtorno de ansiedade.


Oferecimento de remédios pelo SUS

O tratamento psicológico do SUS não inclui medicamentos, inclusive porque esse especialista não pode prescreve-los.

As sessões são baseadas em conversas nas quais o paciente fala sobre os seus traumas, o que sentiu nos últimos dias, seus medos, etc.

Em contrapartida, o psicólogo os incentiva a refletir sobre o motivo dos seus sentimentos e como lidar com eles, até sugerindo exercícios diversos de autocompreensão.

Se o psicólogo entender que a condição dessa pessoa exige medicação, fará o encaminhamento ao psiquiatra.

Muitas vezes, o tratamento é combinado: o psiquiatra do SUS indica a medicação (que pode ser retirada nos postos de saúde) e o psicólogo continua com as sessões de terapia.


Como fazer o Cartão SUS

Todos os cidadãos que precisam de atendimento especializado, como o de psicólogo, devem ter o cartão SUS.

Esse é um cartão de identificação no qual ficam os registros médicos e pessoais daquela pessoa: por meio informatizado, o hospital acessa prontuários e agendamentos.

Para fazer o cartão SUS, basta o cidadão procurar um posto de saúde com o seu CPF, documento de identidade e comprovante de endereço.

Como funciona o atendimento psicológico pelo SUS


Como solicitar o atendimento psicológico no SUS

Pode haver lugares específicos de atendimento psicológico pelo país. Se não houver, o agendamento deve ser no posto de saúde mais próximo.

  • Acre: há o Centro de Atendimento às Vítimas, que é especializado em violência doméstica;
  • Amapá: tem centros de referência nos quais psicólogos são encontrados;
  • Amazonas: é preciso ir a policlínicas;
  • Bahia: o Conselho Regional de Psicologia fornece encaminhamento a postos que atendem de graça;
  • Ceará: há o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS);
  • Distrito Federal: a Secretaria de Saúde oferece atendimento em casa;
  • Espírito Santo: há o Serviço de Atendimento Psicológico;
  • Goiás: dá para procurar o Centro Estadual de Atenção Psicossocial e Infanto-Juvenil;
  • Mato Grosso: o encaminhamento é feito nas Unidades Descentralizadas;
  • Mato Grosso do Sul: as crianças podem ser acompanhadas por psicólogos no Centro de Especialidades Infantis;
  • Pará: o Estado tem Centro de Apoio Psicossocial;
  • Paraíba: o Hospital Clementino Braga, por exemplo, tem terapias para pessoas trans;
  • Paraná: as consultas com psicólogo podem ser pedidas no Sistema de Assistência à Saúde;
  • Piauí: também tem unidades do CAPS;
  • Rio Grande do Norte: os locais que oferecem atendimento gratuito podem ser informados pelo Conselho Regional de Psicologia;
  • Rondônia: oferece acompanhamento também em clínica de reabilitação;
  • Roraima: conta com o Centro Estadual de Reabilitação.

Como acontece com todas as especialidades no SUS, é possível que os agendamentos para psicólogo demorem um pouco.

Se a pessoa procura um serviço estadual, pode ser mais fácil conseguir as sessões se ela concordar em ser atendida em outra cidade.

Para quem procura psicólogo na rede municipal, estar aberto a ser atendido em outros bairros também facilita.

É recomendado que o paciente não falte: se isso acontece, pode ser mais complicado conseguir o reagendamento. Dessa forma, o psicólogo não conseguirá acompanhar devidamente o cidadão e possíveis crises.

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